APRESENTAÇÃO

Tendo Jesus saído de casa, naquele dia, estava assentado junto ao mar;

E ajuntou-se muita gente ao pé dele, de sorte que, entrando num barco,

se assentou; e toda a multidão estava em pé na praia.

E falou-lhe de muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu

a semear. E, quando semeava, uma parte da semente caiu ao pé do caminho,

e vieram as aves, e comeram-na; E outra parte caiu em pedregais,

onde não havia terra bastante, e logo nasceu, porque não tinha terra funda;

Mas, vindo o sol, queimou-se, e secou-se, porque não tinha raiz.

E outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram e sufocaram-na.

E outra caiu em boa terra, e deu fruto:
um a cem, outro a sessenta e outro a trinta.

Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.

Parábola do Semeador (Mateus 13:1-9)

A primeira versão deste blog, lançada em janeiro de 2013, contava com esta parábola em sua apresentação. Apesar da mudança na minha vibração (e, consequentemente, do blog), a inspiração, permanece:

Escolhas.

Elas são feitas a todo o momento, mesmo quando queremos nos enganar com o subterfúgio do "eu não tenho escolha". Decidir ~não poder~ escolher é uma escolha.

Meu relacionamento com blogs começou ainda em 2003. Naquela época, além da banda larga ainda ser um artigo de luxo, escrever um blog era a única forma de se relacionar na então insipiente web 2.0. Era tipo Facebook, YouTube e Twitter juntos (já havia o Fotolog como o vovô do Instragam, mas você só podia postar uma foto por dia). Hoje (2020, em plena pandemia da Covid-19), blogs são considerados arcaicos e a tendência é ser youtuber ou instagramer. Porém, ainda considero a palavra escrita a principal forma de compartilhamento de conhecimento, pois todas as informações ficam armazenadas e facilmente indexadas, tipo uma enciclopédia, para podermos consulta-las quando quisermos relembrar algo.

Relembrar.

Algo que você já sabe, mas escolheu esquecer.

Antes de nascermos, temos certeza que aprendemos a lição e que a aplicaremos perfeitamente. Ao (re)começarmos nossa jornada na 3D, vamos paulatinamente nos distanciando daquela ideia à medida que crescemos e somos moldados / "ensinados" (doutrinados?) a como devemos nos portar em sociedade. Incorporamos véus e mais véus que se tornam partes de nós.

Sem que percebamos, estamos tão distantes daquele potencial infinito que nos convertemos em uma pálida lembrança daquele ser luminoso que queria (re)conectar-se com o Universo. Estamos tão desconectados de nossas essências que não conseguimos mais distinguir a realidade do sonho (ou pesadelo). Mas a semente existe e, nunca é demais repetir, ela está dentro de cada um de nós.

Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo.

(Salmos 82:6)

* * *

Antigamente, minha visão de mundo se restringia àquela da fé católica. Fui batizado, catequisado, crismado e #VidaQueSegue, até que, por volta de 2010, comecei a me interessar pelo espiritismo, pela Ufologia e pela Nova Era.

Era aquela época na qual tínhamos que despertar, pois 21.12.2012 estava chegando, a Era de Aquário estava logo ali na esquina e precisávamos de uma Nova Consciência para uma Nova Terra. Muita gratidão no ar, muito trabalho pela luz, SomosTodosUm, sementinhas estelares & etc. Ah, como não rir do ~salto quântico~ para uma nova realidade de luz.

O "fim" do Calendário Maia é passado, o mundo não acabou e, hoje, apesar da minha vibração não estar muito diferente, tenho uma base muito mais ampla para análise das interconexões desta realidade material / relativa. Percebi que, a despeito da crença na imortalidade da alma e na ideia de sermos uma única consciência vivendo infinitas experiências, a razão e a lógica, por utilizarem conceitos "deste" lado, não explicam a outra banda. Elas só servem para esta realidade, o universo físico, que funciona perfeitamente em sintonia com a matemática da geometria sagrada.

Essa nova percepção da ~realidade~ tem três bases. Uma delas são os livros. Comecei a devorá-los e quando pesquisava sobre eles na internet, só encontrava (e ainda encontro) sítios eletrônicos de livrarias, com aquelas resenhas-padrão que não explicam nada e te fazem cair em algumas armadilhas.

Então, por que não criar um blog com resenhas de livros? Por que não compartilhar com todos o meu ponto de vista sobre os livros que eu li sobre os mais variados temas? Do hinduísmo ao xamanismo; do esoterismo à cabala; da yoga à leitura de cartas de tarô; do budismo ao Ho’oponopono; das canalizações extraterrestres à umbanda. Meu pout-pourri literário ainda inclui: meditação, chackras, geometria sagrada, escolas de mistério do Egito antigo, Dao de Jing (Tao te Ching), I Ching.... Enfim... li, inclusive, as 2.097 páginas de O Livro de Urântia e as 1.018 perguntas de O Livro dos Espíritos. Eita!, como pude esquecer, li até mesmo sobre medicina Ayurvédica (!).

A segunda base são as mídias audiovisuais. Qual a forma mais simples de imergirmos em um Universo completamente ~diferente~ desta realidade, como a lua Pandora em Avatar? E se estivéssemos ligados uns aos outros, "vida" após "vida" como em A Viagem (Cloud Atlas)? Seriados não são diferentes, pois um possível futuro da Terra está nítido em Jornada nas Estrelas (Star Trek).  A ideia de que estamos unidos a um grupo para que juntos possamos ser melhor do que separados? Sense8 exemplifica. The Oa testa a nossa fé e nos ensina a mecânica do poder dos simbolos do reiki. Outros universos/realidades Além da Imaginação? Um grupo de pessoas que, por uma ~tragédia~ ficam presos numa ilha, interagem, eventualmente morrem e precisam se juntar novamente para seguir em frente? Será que eles estavam tão Lost assim ou estavam exatamente onde precisavam estar?

A terceira, e essa ao mesmo tempo é a principal e a mais complicada, é colocar em prática tudo isso nesta realidade.

"Mas eu lhes digo: Não resistam ao perverso. Se alguém o ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra.
E se alguém quiser processá-lo e tirar-lhe a túnica, deixe que leve também a capa.
Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas.
Dê a quem lhe pede, e não volte as costas àquele que deseja pedir-lhe algo emprestado.
Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo’.
Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem,
para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos.
Se vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa receberão? Até os publicanos fazem isso!
E se vocês saudarem apenas os seus irmãos, o que estarão fazendo de mais? Até os pagãos fazem isso!
Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês".

Mateus 5:39-48

Você leva porra de tudo que é lado e o como deve reagir? Agradecer, oferecer a outra face, levar mais porrada e, novamente, agradecer.

Eu disse que não era fácil, mas é a mais lógica. Por origem genética, nós somos tão perfeitos quanto o/a criador/a (nomeie-o/a como quiser). Apenas esquecemos deste fato.

* * *

Em resumo, as pistas estão por aí. São nossas atitudes (conscientes ou não) que definem onde a semente do reconhecimento estará: entre espinhos; ao relento, para ser calcinada pelo sol ou levada por aves; ou em terreno fértil, para germinar e frutificar. Estamos tão acostumados a viver no piloto automático (#VidaLôka!) que tudo o que precisamos é nos voltarmos para dentro. A sincronicidade fará o resto.

Na minha concepção, o Universo é informação em estado puro. Somos seus transmissores e receptores. Existimos para compartilhar seus infinitos pontos de vista.

Foi para isso que você chegou aqui. Para que a sua semente germine e crie frutos. Para que você tenha subsídios para reconhecer o seu universo único e extremamente importante. Para saber colocar em prática todo este conhecimento que você já tem.

Apesar de Umbandista, este é um blog Ecumênico Espiritualista Universalista.

Ecumênico, porque não se prende a nenhuma religião específica -- nós somos nosso próprio elo de (re)ligação com nós mesmos -- e os verdadeiros mestres vieram em diversas épocas e nas diferentes regiões para passarem o conhecimento das mais distintas formas. Apesar das inúmeras interpretações, a diferença se restringe ao caminho escolhido para ser trilhado, uma vez que todas indicam o mesmo destino;

Espiritualista, pois a verdade não está "aqui", neste Universo Relativo, e nem sujeita à lógica e à racionalidade humana; e

Universalista, já que tudo o que existe é um conjunto unitário, onde todas as consciências são meros pontos de vistas do mesmo TODO. A ideia de separação não passa disso: uma ideia (na qual escolhemos acreditar ser verdade), você já está conectado a tudo o que existe, apenas acredita que não.

As resenhas dos filmes e seriados estão em UNIVERSOS 3D e as dos livros, em UNIVERSOS NO VERBO. Os meus pontos de vista, afinal, este é um blog pessoal, em MEU UNIVERSO. Como sou apenas uma gota neste oceano, em OUTROS UNIVERSOS haverá de tudo um pouco sobre outros co-criadores (vídeos no youtube, textos específicos, canalizações, entrevistas etc).

Bem vind@ e volte sempre :-)