Marabô, o Guardião das Matas

Marabô é mojubá!


Marab-hô e Luci-yê-fér foram dois jovens extraordinários aos quais foram confiados os destinos de duas tribos na época da queda da Atlântida. O local não é explicitado, mas acredito que estas tribos eram aqui no Brasil.

Como não se brinca com arquétipos, Luci-yê-fér caiu nos prazeres dos vícios materiais e, apesar dos avisos do anjo Gabriel, Marab-hô, que era um governante justo, ao buscar vingança, desceu às profundezas dos reinos obscuros.

Nas trevas, estudou, aprendeu com seus erros e, eventualmente, construiu um reino só seu, quando adotou o nome de Marabô, aquele com o dom da vitalização - extração de maus pensamentos e sua transformação em bons, com vistas à evolução das pessoas. Treinou outros, mas entregou o seu trono a um dos seus alunos para que pudesse cumprir uma missão na carne, no Egito Antigo.

Eventualmente, retomou seu reino, mas abandonou-o novamente para duas outras encarnações, estas diretamente ligadas aos Brasil, na época do descobrimento e na colonização, que o fez aderir às fileiras da Umbanda como Exu.
"Por essas épocas, os cultos de nação começaram a se difundir em terras brasileiras, juntamente com os escravos. Estes eram primitivos, mas logo começaram a se adaptar aos costumes católicos. Desses cultos, surgiram os Pretos-Velhos, Caboclos e muitas falanges de Exus, como já estava prevista nos livros que estudei. Então, depois de algum tempo, nasceu o Espiritismo na França, sob a regência de Allan Kardec, que logo foi trazido para o Brasil por europeus mais interessados em exibições do que no auxílio ao próximo. Com a fusão dessas duas religiões, nasceu a Umbanda, no começo do século passado, da qual sou parte ativa, como punidor e esgotador, pois trago em meu âmago o dom vitalizador e desvitalizador no sentido do conhecimento e expansão da vida humano." (p. 140)
O que eu não daria para entrar na Grande Biblioteca do Oriente, o local onde Marabô ia quando queria descobrir sobre algum mistérios...

Marabô, O Guardião das Matas é daqueles livros que se lê num fôlego só, pois a escrita flui e a história captura a atenção. Para finalizar, não custa ressaltar que esta é não é a história definitiva de Marabô, mas a de um entre vários outros que se utilizam dos mesmos mistérios.

Lido em Julho de 2018



Marabô
O Guardião das Matas
José Augusto Barboza
Ed. Madras (2017)

141 pgs
[ 81 ]

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