O Prisma de Lira

A tragicomédia humana em um livro


Na primeira vez que eu tentei lê-lo, em 2011, não entendi praticamente nada. Muita viagem. Difícil de acreditar.

Sete anos depois (2018), posso classificá-lo como um fabuloso resumo sobre tudo o que eu encontrei neste intervalo sobre as "sementes estelares": há um Criador (incognoscível) que se projeta, neste universo físico, em diversos fragmentos e nós somos consequência direta destes fractais. Tipo.... um prisma!, onde a luz "invisível" (branca) se decompõe em vários raios de cores diferentes, que continuam se decompondo infinitamente.

A primeira geração física é chamada de "Os Fundadores", que replicaram o modelo de criação incontáveis vezes até o momento da criação da raça humanoide, com uma peculiaridade que nos difere dos demais: a polaridade. Alguns são criados com a predominância da razão (lado esquerdo do cérebro) e outros, da intuição (lado direito).

Após uma explicação inicial sobre densidades, dimensões e polaridades, tem início, de fato, o subtítulo Uma Exploração da Herança Galáctica Humana, com a narração de como se deu a dispersão, pelos Fundadores, das sementes da raça humana por diversos sistemas estelares. Primeiro, povoaram o sistema de Lyra, depois, Vega, Arcturus, Sirius, Orion e as Plêiades. Todos eles têm, em algum grau, a predominância de uma polaridade (razão sobre a intuição) ou outra (intuição sobre a razão).

As consequências destes experimentos foram guerras, muitas guerras interestelares, até chegarmos ao "Projeto Terra", onde temos a obrigação de integrar as polaridades e ensinar, a todos os nossos irmãos mais velhos, porque precisamos (e podemos) ser uma única família.

"A história de Adão e Eva é um dos poucos legados que ficou para recordar, sutilmente, à humanidade o seu começo. Este conto contém referências simbólicas da saga que ocorreu concernente ao tipo de espécies que herdariam a Terra. E como já foi mencionado, o grupo lirano quis conseguir uma espécie baseada na integração. Por isso pensaram que essa espécie não devia conhecer a polaridade, isto é, 'o bem' e 'o mal'. (...)
"Graças a isso pode-se entender o significado da expressão bíblica atribuída a Deus: 'Podeis comer, livremente, dos frutos de cada uma das árvores deste jardim; mas da árvore do Conhecimento do Bem e do Mar (polaridade) não deveis comer, pois no dia que o fizerdes morrereis'. Gênesis 2:16
"Os sírios que trabalhavam com o grupo de liranos não estiveram de acordo com essa filosofia. (...) decidiram intervir dando, inesperadamente, aos humanos a oportunidade de escolher.
"O grupo de sírio advertiu aos humanos: 'E a serpente disse à mulher: Vocês não morrerão, pois que Deus sabe que no dia que comerem dessa árvore seus olhos se abrirão e se tornarão iguais a Deus, conhecendo o Bem e o Mal' Gênesis 3:4 (...)
"Agora possuíam um ego, ou o conhecimento do 'Eu Sou', e também tomaram consciência de si mesmos. 'Então o senhor Deus disse: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecendo o Bem e o Mal (polaridade). Mas que não se permita que ele estenda a mão, tome, e come, também, da árvore da vida e viva para sempre. Gênesis 3:22 (...)
"Não faz falta dizer que o grupo de liranos não estava muito satisfeito. Em sua insatisfação negaram ao humanos o conhecimento da Árvore da Vida (Herança divina). Deste modo a raça humana foi obrigada a desenvolver-se sem o conhecimento de sua conexão com a Família Galáctica e com o Todo. Isso foi um verdadeiro desafio. (...)
"Do ponto de vista dos Fundadores, o Plano se desenvolveu perfeitamente. O grupo lirano necessitava repetir o cenário para seu próprio crescimento. Estes 'deuses' extraterrestres deixaram na Terra pistas que finalmente ajudarão este planeta se despertar e reconhecer sua herança. Quando a humanidade despertar e rememorar este conhecimento, aparecerão os recursos necessários para resolver o drama de Órion. A solução virá, graças, à permissão.
"Se a raça humana, verdadeiramente, for capaz de permitir a diversidade dentro da unidade, e não julgar, se criará o Céu na Terra." (pp. 102/106)

Como bônus, temos a apresentação de nossos... digamos... netinhos, os Zeta Retículi, "nós" do futuro, onde conseguimos cumprir esta "missão".

Por último, a observação, óbvia, de que este é apenas (mais) um ponto de vista sobre uma pequena fração da história universal.

Lido em Junho de 2018



O Prisma de Lira
Uma Exploração da Herança Galáctica Humana
Lyssa Royal e Keith Priest
Ed. Roca (1995)
128 pgs
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